terça-feira, 20 de janeiro de 2015

A Décima Sinfonia de Beethoven






 
Ludwig van Beethoven (1770-1827) deixou para a posteridade, grande quantidade de fragmentos de rascunhos de obras inéditas. Infelizmente, nunca saberemos exatamente a quantidade exata, pois muito se perdeu após sua morte. Desde então, vez por outra, manuscritos são encontrados. Foi o que aconteceu já no século XX, quando dois musicólogos, o alemão Sighard Bramdenburg e o inglês Barry Cooper, através de artigos publicados, respectivamente, em 1984 e 1985, comunicaram a descoberta de três grupos de esboços de uma sinfonia, datados de 1822 a 1825.

Esse material devidamente identificado e selecionado revelou cerca de 350 compassos escritos na tonalidade de Mib maior, quase todos pensados para o primeiro movimento. Até aí nenhuma novidade. Segundo alguns musicólogos, Beethoven deixou outras várias sinfonias iniciadas. Um exemplo é a Sinfonia em dó maior, datada de 1795/6, uma das obras mais completas esboçadas antes de 1800. Mas, a história começa a ficar interessante quando o material descoberto na década de 1980 é comparado com fontes biográficas... (texto completo)

 

sábado, 13 de dezembro de 2014

MÚSICA PARA VIOLINO - Estércio M. Cunha


Livro de partituras organizado por Othaniel Alcântara e realizado pela Casa Brasil.
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Sonata para piano e violino nº1
Música para piano e violino nº2
Música para piano e violino nº3
Música para flauta, violino e piano
Música para flauta, violino e cravo


BIOGRAFIA DO COMPOSITOR


Estércio Marquez Cunha nasceu em 1941, em Goiatuba, no interior de Goiás. Passou a infância e a adolescência em Goiânia, onde iniciou seus estudos de música com a pianista Amélia Brandão. Mais tarde ingressa no Conservatório Goiano de Música (atual EMAC/UFG), na classe de piano de Dalva Maria Pires Machado Bragança.

Transferindo-se para o Rio de Janeiro, ingressa no Conservatório Brasileiro de Música, passando a estudar com Elzira Amábile. Durante o curso, foi monitor e assistente de Teoria Musical. Diplomado, lecionou Teoria Musical no Curso Técnico Profissional do CBM, entre 1962 e 1967. Neste mesmo período lecionou também música nas escolas de primeiro e segundo graus do então Estado da Guanabara.

A partir de 1967, se restabelece em Goiânia, onde foi professor do Conservatório Goiano de Música, da Universidade Federal de Goiás, nas cadeiras de Harmonia, Contraponto e Fuga. Ainda em Goiânia, foi um dos fundadores da escola MVSIKA!, dedicada ao ensino das artes integradas.

Durante a década de 1970 lecionou também na Faculdade de Artes da Universidade de Uberlândia. Doutorou-se em Composição nos Estados Unidos, na Universidade da Cidade de Oklahoma, em 1982.

De volta a Goiânia, reassumiu suas aulas na UFG, onde se aposentou como professor em 1995. Desde então, dedica-se a compor e a dar aulas de composição.

Mozart e Salieri



Viena, julho de 1791. Um mensageiro mascarado bate à porta da residência de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791). De forma bem enigmática, encomenda-lhe uma missa fúnebre, adiantando-lhe 100 ducados. O ar de mistério associado a uma fase de grande instabilidade emocional acaba estimulando ainda mais a imaginação do compositor. Seria um mensageiro da morte? Protelou o início e interrompeu várias vezes esse trabalho. Algum tempo depois, acreditando ter sido envenenado, diz à esposa Constanze Weber (1762-1842), que estaria escrevendo o Réquiem para o seu próprio funeral. 





Esses são alguns dos mitos relacionados ao homem Wolfgang, publicados em 1797, pelo biógrafo tcheco Franz Xaver Niemetschek (1766-1849), a partir de depoimentos da própria viúva do compositor. Mas, tais relatos são confiáveis? (texto completo)

30 anos de “Amadeus”



Há 30 anos o filme "Amadeus" estreava nos cinemas de vários países do mundo. O título desse drama ficcional é a versão latina do sobrenome “Theophilus” do famoso compositor nascido em Salzburgo, Johannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus Mozart (1756-1791). O longa- metragem é uma adaptação da peça homônima escrita em 1979, pelo dramaturgo inglês Peter Shaffer, sucesso na Broadway em 1980, que por sua vez, foi baseada na obra “Mozart e Salieri” escrita em 1830, pelo romancista e poeta russo Alexandre Puskin (1799-1837).

Curioso observar que em 1830, já se falava da suposta rivalidade entre Mozart e o Antonio Salieri (1750-1825), então compositor oficial da Corte do Imperador José II (1741-1790), irmão de Maria Antonieta, aquela mesma, Rainha da França, decapitada em 1793 durante a Revolução Francesa (1789 a 1799). Mas, será que tal hostilidade existiu? E mais, o compositor italiano realmente matou ou teria tentado matar Mozart? Estas são algumas das várias perguntas que ouço sobre “Amadeus” nas minhas aulas de “História da Música” e “Apreciação Musical” do Curso de Música da UFG.

Na vida real, é possível que tenha existido algum tipo de rivalidade entre os dois no campo musical. Entretanto, não há evidências que corrobore essa teoria. Nas duas biografias de Mozart que li até hoje, “Mozart, Sociologia de um Gênio” de Norbert Elias, 1991 e “Mozart: vida, temas e obras” de Nicholas Kenyon, 2005, lembro-me de apenas uma passagem que faz menção sobre este assunto. Trata-se de uma carta do pai de Mozart à filha Nannerl, datada de 1786, ano da estreia da ópera cômica “Bodas de Fígaro”: “Será de admirar se for um sucesso, pois sei que há poderosas cabalas contra teu irmão. Salieri e todos os seus apoiantes tentarão, de novo, mover céus e terra para rebaixar esta ópera.”... (texto completo)

Políticas Culturais


Os Direitos Culturais encontram-se devidamente normatizados na Constituição Federal de 1988. De acordo com o artigo 215 é de competência do Estado (entenda-se aqui: União, Estados, Distrito Federal e Municípios) garantir a todos os cidadãos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes de cultura nacional.  Para tanto, o Estado... (artigo completo)

André Rieu: anjo ou demônio?



André Rieu: anjo ou demônio? 


(...)


Tudo bem! Confesso que depois disso, fiz algumas piadas pelas redes sociais e até mesmo em sala de aula, provocando uma justificada reação de seus fãs. Certa vez, um amigo violinista residente em Anápolis/GO, que estará em São Paulo prestigiando seu ídolo no próximo mês, comentando uma de minhas postagens em tom de brincadeira, insinuou que eu teria inveja da “grana” do Rieu. Pensando bem, não seria sacrifício dividir o palco e principalmente a bilheteria com ele.




Terminando, deixo o pensamento do escritor, apresentador da BBC e comentarista cultural, o inglês Norman Lebrecht: “artistas como André Rieu, deveriam ser retirados do ranking dos mais vendidos do universo erudito”. E justifica: “artistas como ele não estariam criando um novo público para a música erudita e sim para um novo gênero”. (artigo completo)