Viena,
julho de 1791. Um mensageiro mascarado bate à porta da residência de Wolfgang
Amadeus Mozart (1756-1791). De forma bem enigmática, encomenda-lhe uma missa
fúnebre, adiantando-lhe 100 ducados. O ar de mistério associado a uma fase de
grande instabilidade emocional acaba estimulando ainda mais a imaginação do
compositor. Seria um mensageiro da morte? Protelou o início e interrompeu
várias vezes esse trabalho. Algum tempo depois, acreditando ter sido
envenenado, diz à esposa Constanze Weber (1762-1842), que estaria escrevendo o
Réquiem para o seu próprio funeral.
Esses são
alguns dos mitos relacionados ao homem Wolfgang, publicados em 1797, pelo
biógrafo tcheco Franz Xaver Niemetschek (1766-1849), a partir de depoimentos da
própria viúva do compositor. Mas, tais relatos são confiáveis? (texto completo)