sábado, 13 de dezembro de 2014

Interpretação histórica da música clássica



Para ouvir durante a leitura:
Instrumentos de época em Toccata, da ópera L'Orfeo, de Claudio Monteverdi





Ouvir música na época da minha adolescência exigia um verdadeiro ritual. Envolvia, por exemplo, a limpeza do Long Play, o posicionamento da agulha da radiola, e por aí afora. Todas as etapas desse ritual eram realizadas, quase sempre, em um lugar fixo, apropriado, uma espécie de santuário.

Em uma dessas sessões, estreando uma nova aquisição, um LP dos quatro concertos para violino e orquestra da série As Quatro Estações do compositor italiano Antonio Vivaldi (1678-1741), percebi que a melodia estava soando com a afinação do diapasão calibrada abaixo dos habituais 440 Hz ou 442 Hz. Seria uma imperfeição do disco ou um defeito na vitrola? Enfim, após uma breve leitura das informações contidas na capa, entrei no universo da chamada “interpretação histórica”. 


Esse movimento ganhou força a partir do final dos anos 1950, principalmente com Gustav Leonhardt e Nikolaus Harnoncourt... (artigo completo)